Eduardo Raschkovsky, mestre em jiu jitsu, observa que o Brazilian Jiu Jitsu (BJJ) está rapidamente se tornando um dos esportes de combate mais populares no mundo. Graças a plataformas como o UFC, ADCC e os campeonatos mundiais da IBJJF, o crescimento da modalidade está ocorrendo de maneira muito promissora. “O aumento da popularidade do BJJ tem sido notável, e a disponibilidade de academias locais reflete essa expansão. O esporte atrai pessoas de todas as idades, desde jovens até iniciantes na faixa dos 30 anos e, inclusive, estudantes na faixa dos 60,” comenta Eduardo Raschkovsky.
O mestre ressalta que o BJJ é uma arte marcial divertida que não apenas ensina técnicas de defesa pessoal, mas também aumenta a força, resistência, flexibilidade e habilidades técnicas dos praticantes. Ele observa que, apesar de ser viciante, o BJJ é uma arte complicada, especialmente para aqueles que começam mais tarde na vida. “Quanto mais cedo alguém começa, mais cedo pode colher os benefícios. No entanto, para os mais velhos, o BJJ pode oferecer vantagens médicas importantes, como a melhora da força de preensão, da capacidade aeróbica e da saúde das articulações do quadril,” explica Eduardo Raschkovsky.
Sobre a questão de como pessoas mais velhas podem se encaixar em uma academia de BJJ, Eduardo Raschkovsky enfatiza a natureza acolhedora e inclusiva desse ambiente. “O BJJ é conhecido por sua diversidade. Pessoas de todas as idades, gêneros e estilos de vida são bem-vindas. Não importa se você tem 20 ou 60 anos, o jiu jitsu valoriza a perseverança e o esforço contínuo, e isso é recompensado nas academias,” comenta. Ele também menciona que o BJJ, além de ensinar a lutar, ajuda a formar pessoas melhores, algo especialmente relevante em um mundo marcado por crescentes índices de violência.
Eduardo Raschkovsky ressalta que, muitas vezes, os praticantes mais velhos se tornam o alicerce da comunidade de uma academia de BJJ. “Pelo fato de terem vivido muitas experiências, os alunos mais velhos trazem habilidades sociais à tona, o que facilita a criação de laços de amizade e incentivo mútuo dentro da academia. Eles acabam inspirando os mais jovens, que frequentemente ficam admirados com a dedicação desses alunos veteranos,” destaca o mestre.
Para encontrar o equilíbrio certo no treinamento, Eduardo Raschkovsky sugere que cada pessoa, especialmente os mais velhos, leve em consideração sua condição física e saúde. “Encontrar o equilíbrio é um desafio, mas é essencial que os praticantes conheçam suas limitações para ajustar o treinamento de acordo com suas capacidades. Parar de treinar pode acelerar o processo de envelhecimento, então é fundamental continuar ativo, buscando um equilíbrio entre o BJJ, exercícios de força e atividades de mobilidade,” aconselha.
Por fim, Eduardo Raschkovsky ressalta que, embora o equilíbrio entre força, condicionamento e prática no tatame seja desafiador, é possível encontrar soluções complementares, como yoga e natação, que ajudam a manter a mobilidade e a capacidade cardiovascular. “O importante é que os praticantes continuem dedicando tempo ao Jiu Jitsu, pois é somente no tatame que se amplia o conhecimento técnico e a proficiência no esporte,” conclui o mestre.